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"Aprende-se a escrever, lendo. E também é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente do que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros."
António Lobo Antunes

Saturday 19 November 2011

Só gostaria que estivesse aqui.

Tuesday 3 May 2011

nem sempre

Nem sempre as coisas correm como desejamos, fazendo minhas as tuas palavras. A verdade é que nem se sabe porquê nem de onde veio mas veio e deu um grande abalo. Sim, não, não e sim. Nem sabemos bem o porquê de isto tudo, possivelmente por a vida ultimamente ter-nos pregado umas partidas vemo-nos apertados, espalmados contra o vidro. Faço tudo, de tudo para que os maus pensamentos me impeçam de tomar a decisão que penso ser a mais certa para mim/ti/nós. Nem quero pensar no que seria/será so gostaria de deixar de sentir este ardor, dor aguda que me expreme o peito num sufoco perfeito. Nunca fomos perfeitos, nunca. Sempre soubemos isso, nunca esperei perfeição mas respeito e compreensão sim. É obrigatório.

nem sempre ligues ao que eu digo.
nem sempre é importante, ou não.

Saturday 2 April 2011

really.



de entre os jogos infantis, o mais essencial será o das escondidas, que traduz a necessidade que todos acabamos por ter de nos esconder (de nós e dos outros), certificando-nos de que quem nos ama tem o engenho de ir à nossa descoberta. afinal, esconder-se só vale a pena quando alguém nos consiga descobrir.

eduardo sá





'my own life has been much more than a fairy tale. i’ve had my share of difficult moments, but whatever difficulties i’ve gone through, i’ve always gotten a prize at the end'.


audrey hepburn

Wednesday 2 February 2011

vai na volta

Sentei-me no carro. Parei e fiquei lá, sossegada a usufruir do silêncio existente naquele momento. O meu refúgio, o meu bilhete de fuga, podia ter ido para qualquer lado, ele levava-me. Preferi em vez disso, fazer a viagem normalmente para o sitio desejado por outros. Hoje foi o dia oficial da chapada sem mão, recebi chapadas de um lado e de outro (sem agressão fisica é claro). Foi fantástico (ironia), sinceramente não poderia existir melhor altura. Cansada, desmotivada, nem vontade de comer tenho. Só me apetece dormir e acordar quando tudo estiver bem, quando tudo voltar á normalidade. Afinal o que fui eu fazer? Nem eu já sei. Preciso de sopas e descanso, e ultimamente só tenho direito á sopa. Estou cansada destas anomalias que me atormentam, ora tudo corre bem ora tudo descarrila como um comboio. Não necessito mesmo disso/disto a verdade é essa só ainda não percebi porque me continuo a deixar levar pela a maré.

Quanto mais tento entender mais acabo por confundir, não tenho vontade nem tenho saudade, a vida é mesmo assim.

Thursday 27 January 2011

textos desfeitos

Sinceramente, não entendo nada. Ora um dia vejo ora outro dia fecho os olhos com lágrimas sem desejo. Não existe desejo no meu peito, nem conforto na minha alma. Deixo de lado, coloco de lado todos os problemas e nada me resta. Não tenho nada que chame meu, não posso sentir cansaço pois ninguém o permite, não posso ser a coitadinha pois a minha alma pesa e já não sabe sentir. Serei apenas uma, mais uma neste mundo de roedores mal formados que se alteram para o estado solido mais depressa do que gelo. Tudo o que faço é questionado/questionável, desde o tempo de senhora minha mãe que é assim, e sempre será. Não tenho perspectivas futuras, acredito em Deus porque sei que ele acredita em mim. Nunca dei nada de mim ao mundo, e o mundo (verdade seja dita) pouco me deu a mim por isso considero que estamos quites. Não tenciono que existam mudanças repentinas, tomarás a decisão que por bem achares e eu tomarei a minha. Não pensas que não sinto magoa quando a única coisa que carrego em meu peito, é magoa.

Retribuo com textos que mais parecem desfeitos.

Friday 7 January 2011

Descanso?

Não me perguntem porquê, porque nem eu sabia que tinha tantas lágrimas ainda por verter. Não me perguntem de onde vem esta dor que aos poucos me consome, mas que consome, lá isso consome. Há quem diga que me martirizo, há quem diga que sou parva. Eu sou eu. Sou mártir e parva ao mesmo tempo, antecipo o fim quando ele ainda não chegou. Não encontro a minha meta e já não sei onde procurar. Poucas são as coisas que me animam sem ser os meus vícios medíocres que não consigo deixar. Atirem as pedras com toda a vossa força, eu não as atiro de voltar a minha personalidade medricas não o permite e a minha carapaça protege-me. Limito-me a retira-las de mim e a seguir caminho. Cresci mais depressa do que devia, apesar da minha versatilidade como criança são muitos poucos aqueles que me compreendem, chegaria a dizer ninguém, mas a minha avó conhece-me.
Ontem nem sei o que aconteceu, chorei até dormir acordei ainda com a cara e almofada húmidas das lágrimas que derramei. Ainda hoje chorei. Eu, a pessoa mais forte deste mundo que aguenta com tudo, mas com todos fui abaixo e a única coisa que tinha era... a almofada. Caio e levanto-me, mas por vezes o erguer é muito mais complicado e custa, dói chega a cortar a respiração. Mas aí, inspiro. E espero que hoje possa dormir, descansada com a almofada seca.

Sunday 2 January 2011

Happy year (new)

Todos vivemos na esperança de um novo ano que não nos faça sofrer como fez o anterior.Fazemos uma "revisão" de tudo o que aconteceu em 2010 e colocamos de lado. O que lá foi, foi. Eu tenho como "tradição" as 12 passas e na primeira semana deste novo ano sentar-me à mesa e fazer uma lista de objectivos. Depois de a ter feito guardo-a numa gaveta, e é engraçado(digamos) quando no ano a seguir vou ler os objectivos e quase sempre só cumpri um ou outro. Este ano será diferente, tenho muita coisa em jogo. Tenho uma vida pela frente que foi pouco vivida, tenho sonhos, objectivos que são só meus, prendo-me a um ano que ainda mal começou. Coloco nele toda a esperança de um novo mundo, que saberei que nunca será possível. Mas isso não me impede de querer acreditar que algum milagre pode acontecer, que algo poderá melhorar. Não quero ser sempre feliz, gosto de alguns problemas pois eles tornam-me mais fortes. Mas valerá a pena? Vou conseguir continuar a abdicar de tanta coisa? Não sou do género de rapariga que se arrepende de todas as decisões que toma, sou do género insegurança, indecisa mas teimosa. Quando quero, quero e acabou. E eu só quero viver, livre.