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"Aprende-se a escrever, lendo. E também é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente do que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros."
António Lobo Antunes

Thursday 22 July 2010

Caio mais uma vez.

Faço-me e desfaço-me em lágrimas cravadas no meu coração, apenas imploro por um só dia de sossego.Não sou forte. Todos comentam a minha vida, dão a sua opinião e devo fazer o que tem de ser feito. A minha vida está em jogo, mas e a dor? Porque ninguém a comenta?
Certamente porque não a conhecem, falamos de dores diferentes certamente.
Faz-se silêncio, este silêncio que sabe a mel ajuda-me a evocar a ajuda que necessito, o mais engraçado é que grito desesperadamente em silencio e ninguém me ouve. Cada um tem o seu umbigo para se preocupar, para quê ajudar a levantar quando podemos deitar mais a baixo? Levantamos num dia, deitamos abaixo no outro. Enfim. Sonhemos então, um sonho cheio de rosas trepadeiras com picos, trepamos mesmo sabendo que nos iremos picar. Metáforas maliciosas que nos fazem pensar duas vezes, como atitudes que nos levam a pensar no futuro. Tudo acontece, não estamos a brincar para termos provas de amor pois é da minha vida que se fala, e tu, pouco pareces saber sobre ela. Alegre-se o teu ser por todo o dia permaneceres no meu pensamento.
Muitas das vezes preferia um estalo, uma dor física em vez da dor emocional que carrego no meu peito, por isso sangro e a minha pele corroí-se com tanta emoção ao mesmo tempo. Hoje chorarei até dormir, mas amanha serei a lembrança do exemplo de mulher que te dou. Eu mesma.

Desamparada caio mais uma vez.

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