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"Aprende-se a escrever, lendo. E também é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente do que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros."
António Lobo Antunes

Monday, 17 February 2014

Maldita hidradenite ou hidrosadenite ou o raio!

Olá! Bem, cá estou mais uma vez… A circunstância, deste meu afastamento do blogue foi causada por um problema de saúde que me têm incapacitado de ter inspiração e vontade de escrever… A situação a que me refiro apareceu em março, pensei que não seria nada de especial, mas afinal vim a descobrir, mais tarde, em outubro (quando fui chamada para consulta no hospital) que a situação não era assim simples, muito pelo contrário, constrangedora e dolorosa. Tentei mostrar que era indiferente aos sinais que o meu corpo me enviava, tentei antibióticos e anti-inflamatórios, até que a minha médica disse que não valia a pena ficar indiferente, que o problema teria de ser tratado com uma cirurgia. Refiro-me a hidradenite ou hidrosadenite (aconselho os mais suscetíveis a não pesquisar por imagens). Trata-se de inflamações nas glândulas sudoríferas (do suor) sendo as mais problemáticas nas zonas das axilas, perianal e seios. Basicamente não se sua como deveria, o que cria uma inflamação, algo idêntico a um quisto e passa a infeção. No meu caso apareceram imensos de um momento para o outro que enchiam e rebentavam. Este problema fez com que tivesse que ser submetida à tal cirurgia onde foi necessário retirar a pele infetada e substituir por pele nova – realizando um enxerto de pele – tendo sido, no meu caso, retirada pele das coxas. Bem, apesar de na altura saber minimamente como seria o processo, em grande parte devido ao que ouvia da médica, a informação que encontrei foi escassa e toda vinda diretamente do Brasil. Tendo em conta isso, nada melhor do que partilhar a minha experiência de forma a não ser demasiado explicita para não ferir os mais sensíveis. Para começar, os meus enxertos não aderiram como esperado. A zona de maior dor foi mesmo a das pernas, onde senti como se tivesse sido arrastada pelo alcatrão após um despiste de mota. A parte mais chata foram os primeiros pensos nas pernas, depois disso acho que se aguenta tudo… Ah! Já me esquecia das cólicas, isto porque estive dezasseis dias sem evacuar e três semanas em repouso absoluto… Enfim, nada me prepararia para este mês e meio de hospital...! Apesar de todo este processo, a doença não têm nenhum tratamento ou cura, o que significa que poderá ou não aparecer novamente! Mas eu estou aqui, firme e com muita vontade de recuperar a minha vida! Esta aventura tem sido um abr’olhos! Beijinhos a todos! Dúvidas ou questões podem colocá-las que eu respondo! Agradeço a vossa compreensão!

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