Sento-me á janela. Não existe nada lá fora, está tudo escuro. Não vejo a hora de tudo passar. Canso-me de chorar por razões que não explico á minha alma, não explico a ninguém. Eu bem tento fazer-me ouvir. Sento-me na esperança de que o meu silêncio se faça ouvir. Canso-me, mato-me e renasço. Vezes sem conta. A história repete-se como um ciclo vicioso que me mata aos poucos, que me consome. Tudo acabará, não me sinto viva. Tudo em mim morre, tudo em mim morreu. Sou um corpo sem alma, sem vida. Estagnada neste mundo de estigmas, personalidades criadas por uma sociedade que caminha para o seu próprio declino. Sento-me e aguardo. A agua que venha e purifique o meu corpo, a minha alma, pois nela já nada reside. Cego,a unica coisa que vejo é a escuridao.
Nada me anima, nada me alegra. A dor corroi e faz-me companhia, dorme comigo e acorda comigo. Não me abandona, apenas me desfaz aos poucos.
Provérbios 14:13 - Até no riso o coração sente dor e o fim da alegria é tristeza.
Sunday 22 August 2010
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