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"Aprende-se a escrever, lendo. E também é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente do que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros."
António Lobo Antunes

Thursday, 9 July 2009

Dificil de entender.

Sou difícil de entender, porque não sei o que é sentir. Estou fria, não sei o que dizer nem o que sentir, quando aparece algo novo, este medo retrai-me e não me deixa seguir em frente. O meu problema é esse, não arriscar, não seguir em frente. Tenho medo. Estou assustada como uma criança a atravessar uma passadeira, tenho que olhar para os dois lados e atravessar para o outro lado com calma, sinto que vou chegar ao outro lado da passadeira bem, mas e se acontecer algo nessa travessia? Se não correr bem, não vou ter tempo de correr para onde estava, para onde me sentia segura, não vou ter o meu porto de abrigo. Serás tu mais que um porto de abrigo? Como vai ser se não estiveres lá para me apoiar, para me abraçares? Serás tu um 2 em 1? Poderei ter as duas coisas? Não quero chorar, não me quero magoar, bastou a outra experiência, e tu sabes disso. Sei que és diferente, sei que não me farias chorar, mas se eu te fizer a ti? Terei a levar isto demasiado a peito, queres que eu leve isto a peito? O meu coração salta-me do peito só de pensar na hipótese de te puder magoar, de alguém sair magoado com isto. Quero-te por inteiro, não quero metades, nem restos. Se fosse á um tempo atrás seria tudo mais fácil ou não? Sou estúpida ou demasiado realista? Não me percebo, não nos percebo.



Tenho medo.

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