Friday, 22 May 2009
Sem cabeça.
Não tenho vontade de cá estar, nem tao pouco de te ver. Podia ir para casa, ficar lá e não voltar. Já pensei nisso, no não voltar. Mas não o faço. Não consigo, o não voltar é forte demais para mim. Era o fim do meu novo principio. Ainda não fiz metade das coisas que queria fazer, e quando menos esperamos, PUMBA, outra bomba que derruba planos feitos para este futuro tão próximo. O cansaço, esse filha da mãe, não me larga, só me dá dores e dores. Deixa-me sem cabeça. ando sem cabeça. É esta a expressão ideal, sem cabeça, não riu nem choro, não ando triste nem ando feliz, ando pura e simplesmente sem cabeça. Não quero que me acordem nem que me deixei dormir, não quero que fiques nem que te vás embora, não tenho cabeça para pensar no amanha, se nem hoje sei o que fazer. Só quero ir para casa, pode ser que tenha deixado lá a minha cabeça. Já agora alguém a viu? Não sei onde a deixei e quanto mais a procuro mais longe me sinto dela, não compreendo isto, nem a mim mesma me compreendo a única coisa que sei e que tenho como certa, é que não sei onde deixei a minha cabeça.
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