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"Aprende-se a escrever, lendo. E também é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente do que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros."
António Lobo Antunes

Sunday, 18 May 2008

Perdoa-me...

Perdoa-me meu anjo. Perdoa-me, por nao estar contigo agora. Por nao te abraçar e beijar agora. Por nao acariciar a tua pele se estivesse contigo, ai, agora. Perdoa-me por te dar tudo o que posso e nao posso de mim, por nao ser mais do que tu és para mim. Perdoa-me por nao te conseguir tirar do meu imaginario. Perdoa-me por te querer. Perdoa a minha vontade louca de tentar querer fazer-te feliz. Perdoa a minha vontade um pouco moribunda de te querer comigo o resto da vida. Perdoa-me por querer aquilo que jamais terei. Perdoa-me, pois a minha alma um dia foi mais tua que minha. Perdoa-me pois quando tento voar sei que é em vão. Perdoa os meus sonhos, pois eles pecam. Perdoa a minha mente, pois ela agora aprendeu a sonhar acordada. Perdoa a minha vida escura pois neste momento nao tem cor. Meu anjo, meu amor? Nao me ves? Nao me ouves? Nao nos sonhas? Nao nos relembras?





(Sonho acordada...)



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